A COP 30 em Belém expõe uma contradição crítica: a urgência de proteger a Amazônia esbarra na falta de saneamento básico para seus milhões de habitantes. Saneamento é essencial para o clima, atuando em duas frentes:

Mitigação: O tratamento de esgoto reduz emissões de metano, um potente gás de efeito estufa.

Adaptação: Garante a segurança hídrica, protege os rios de contaminação e fortalece a saúde pública contra eventos climáticos extremos.

Saneamento é Direito de Permanência

Para os povos da floresta, saneamento é a infraestrutura que garante seu direito de permanecer no território, resistindo ao desmatamento e à vulnerabilidade. Não há bioeconomia sustentável ou resiliência social sem água potável e tratamento de esgoto. Em Belém, onde menos de 20% da população tem coleta e tratamento de esgoto, a Biosaneamento está na COP 30 defendendo que a resposta para a crise climática começa pelo básico: o acesso universal à água e ao saneamento.

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