COP 30: por que o saneamento básico precisa estar no centro da discussão climática

O saneamento básico é um dos pilares da saúde pública e da sustentabilidade ambiental, mas seu papel nas mudanças climáticas ainda é pouco debatido. Com a COP 30, que reunirá líderes mundiais para discutir soluções climáticas, torna-se urgente colocar o saneamento no centro das discussões sobre adaptação e mitigação.

A falta de tratamento adequado de água e esgoto contribui diretamente para a poluição de rios e oceanos, o aumento de emissões de gases de efeito estufa provenientes de resíduos orgânicos e a vulnerabilidade de comunidades a eventos climáticos extremos, como enchentes e secas. Investir em saneamento urbano e rural é, portanto, também uma estratégia de resiliência climática.

Além disso, tecnologias inovadoras, como biodigestores e estações de tratamento descentralizadas, podem transformar resíduos em recursos, produzindo energia limpa e biofertilizantes, enquanto reduzem o impacto ambiental. O saneamento integrado gera benefícios múltiplos: saúde, qualidade de vida, segurança hídrica e mitigação de emissões.

Colocar o saneamento no centro da agenda da COP 30 significa reconhecer que clima e saneamento estão intrinsecamente ligados. Para que as políticas climáticas sejam realmente eficazes, é essencial incluir estratégias que promovam infraestrutura hídrica resiliente, gestão de resíduos e educação ambiental, garantindo um futuro mais sustentável para todos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pular para o conteúdo